domingo, 30 de outubro de 2011
Vazio.
Vazio. E novamente é assim que as coisas se encontram. E eu que achei que acharia alguma saída para a solidão interior... Algumas coisas não tem solução, o jeito é se conformar. Já que é de conformismo que vive o mundo, por que não eu?
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Ao final do manuscrito, o amor.
Despertou as lembranças que ficaram adormecidas em algum lugar dentro de mim. A manhã estava ensolarada e eu andava tranquila por entre as pessoas. Meus olhos atravessaram os carros. Eu procurava apenas olhar ao redor, distrair a visão da estrada fixa que via à frente.
Ele passava... andando com as mãos no bolso do casaco preto. Estava exatamente como da primeira vez que o vi. Seus cabelos raspados, seu rosto sem expressão. Por um instante ele me olhou, talvez tenha pensado até em abanar discretamente. Mas foi tão rápido que só consegui voltar a olhar para frente e baixar a cabeça, acompanhando o movimento de minhas pernas desajeitadas. Pude relembrar em uma fração de segundos tudo o que com ele vivi.
Talvez se meus olhos tivessem atravessado a rua alguns segundos antes, ou depois, eu nem sequer o teria visto. Mas de qualquer forma, o final de minha caminhada diária seria o mesmo: sentada em um bar com um cigarro aceso entre os dedos, lembrando. Talvez não daquela história. Mas sempre há alguma memória que faça pessoas de corações solitários prenderem-se ao que não volta mais.
(E ao final da página do manuscrito deste escrito, encontro um pequeno coração e dentro dele duas letras: A s2 L. E as lembranças dessa vez são boas. Repletas de sorrisos os quais meus olhos fariam questão de atravessar ruas para encontrar.)
Ele passava... andando com as mãos no bolso do casaco preto. Estava exatamente como da primeira vez que o vi. Seus cabelos raspados, seu rosto sem expressão. Por um instante ele me olhou, talvez tenha pensado até em abanar discretamente. Mas foi tão rápido que só consegui voltar a olhar para frente e baixar a cabeça, acompanhando o movimento de minhas pernas desajeitadas. Pude relembrar em uma fração de segundos tudo o que com ele vivi.
Talvez se meus olhos tivessem atravessado a rua alguns segundos antes, ou depois, eu nem sequer o teria visto. Mas de qualquer forma, o final de minha caminhada diária seria o mesmo: sentada em um bar com um cigarro aceso entre os dedos, lembrando. Talvez não daquela história. Mas sempre há alguma memória que faça pessoas de corações solitários prenderem-se ao que não volta mais.
(E ao final da página do manuscrito deste escrito, encontro um pequeno coração e dentro dele duas letras: A s2 L. E as lembranças dessa vez são boas. Repletas de sorrisos os quais meus olhos fariam questão de atravessar ruas para encontrar.)
Assinar:
Postagens (Atom)