quarta-feira, 25 de maio de 2011

O castelo no campo (parte 2)

Olhei por alguns instantes para o local, sentei-me na poltrona. O gato sentou-se aos meus pés. Poderia ficar parda olhando para o comodo quase vazio, mas a voz da moça quebrou o silencio.
- Agora volte para a entrada.
Por alguns instantes permaneci sentada, o lugar era tão meu, tão sereno. Mesmo sem querer me dirigi até a porta de entrada do castelo. Naquela sala haviam três portas. A moça pediu que eu entrasse em uma delas. Escolhi a primeira a direita. o quarto era grande e iluminado. Um sofá e um tapete quase que do tamanho da sala, duas estantes com muitos livros. Janelas enormes, cortinas vermelhas.
- Você se sente bem neste lugar? respondi que não. Entao deixe-o da forma que preferir, use seus poderes.
A sala estava então com as cortinas fechadas. os móveis novos e caros tornaram-se antigos e surrados. O sofá rasgado e o tapete quase sem vida. Agora eu me sentia bem ali. A moça pediu então que eu saísse e me dirigisse até próxima porta. O quarto seguinte estava exatamente igual. Fui ordenada a deixá-lo novamente e meu agrado. Deixei-o completamente vazio. Só eu e o gato.
Sentei-me no chão e fiquei brincando com o animalzinho dócil por um tempo, até que a voz da moça sugerisse que eu fosse explorar o último quarto. E qual não foi a minha surpresa quando abri aquela porta... Estava exatamente igual aos outros dois cômodos. Novamente, eu deveria deixá-lo da forma que eu preferisse. Mas desta vez nao mudei nada. Era insistência demais ver os três quartos exatamente iguais.

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