domingo, 18 de julho de 2010

Gelo e fogo.

Gelo e fogo. Sim, és totalmente extremo. Gelo quando fala, quando está sério, quando briga, quando acha que é meu pai e reclama por eu beber demais. Acha que eu sou louca demais, que falo demais. E fique sabendo que também acho isso de você, senhor extremista. Tuas palavras tocam em mim como um cubo de gelo, tuas poucas palavras, tuas divinas expressões.
Fogo quando me toca. Quando deixa tuas mãos percorrerem o meu corpo devagar, descobrindo cada parte do que eu sou. Fogo quando sussura em meu ouvido, quando me provoca, quando me olha. Fogo quando respira perto de mim, quando me abraça. Gelo... a parte gelada desta bagunça devo ser eu mesma. A parte que sempre encontra um motivo pra fugir, pra se esconder. Gelo. Mas só consigo ser eu mesma, assim, fria, quando estou contigo. Porque acendes em mim algo que nem eu mesma havia descoberto antes.
Ei, dono da minha raiva, da minha agonia, da minha confusão... você deve saber que é o causador de tudo isto. Com esse jeito tranquilo, com esses lábios ardentes que chamam pelos meus a cada vez que olho para você. É sim, dono dos meus medos, dono de mim. Droga.
Gelo e fogo. Sabes ser as duas coisas tanto quanto eu. Me fazendo apreciar cada parte do que és. Sendo este sentimento recíproco ou não, continuarás sendo para mim gelo e fogo. Toma cuidado, as duas coisas queimam.

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