terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Amanhecer.

Me conte o que você vê ao acordar... Vê o sol através da janela, cegando seus olhos cansados? Vê a neblina consumindo os dias frios, embaçando os vidros? Percebe como as estações vêm e vão, e eu só vejo você? Só tenho olhos para lembranças daquele sorriso de algodão doce.
Lembro coisas que nem deveria lembrar. Os gestos mais simples que deixava passar sem pena alguma. Agora eu sinto falta. Sinto falta do olhar sincero, das carícias em exagero, dos braços aconchegantes, da cama apertada. Tudo o que resta são lembranças.
E elas aparecem nos lugares mais inusitados. Aparecem nas músicas ruins, em um carro que atravessa a rua, ao andar sozinha pela calçada. Onde está você agora? Você prometeu que ia ficar...
E ao amanhecer desses dias que se arrastam, eu desejo poder voltar aqueles poucos instantes em que sentia seus braços rodeando os meus. As semanas vão passar e outras estações virão, mas eu continuarei aqui, perdida em palavras que não fazem sentido nem mesmo para mim.

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