quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Gotas.

Ouço o barulho que vem da janela... - Quem está aí?, largo a xícara que estava em minha mão e afasto a cortina. Nada. De repente, vejo algumas gotas caírem no vidro, deixando-o repleto de pontinhos incolores, refletindo nelas infinitas vezes minha imagem.
E que desgosto ao observar com atenção... Foi pra isso mesmo que tanto lutei? Para olhar as gotas da chuva em uma noite de verão totalmente sozinha? Tudo bem, os dias tem sido difíceis. Mas será essa a única desculpa que eu vou usar pelo resto de meus dias?
A expressão cansada, as olheiras que ocupam quase que a face inteira. Os olhos caídos e o corpo curvado. Que decepção. Que falta de amor próprio. O reflexo das gotas gritam com vontade: "Ergue esse rosto, menina! Coloca um pouco de animo nesse corpo!" e eu, que sempre tive uma desculpa na ponta da língua, me calei.
Por apenas alguns segundos observei a mim mesma e pensei alto: "É AGORA OU NUNCA!". E saí porta a fora. Abracei com vontade a água que caía torrencialmente do céu. Deitei na grama molhada, cheia de lama. Olhei para o céu azul escuro, chorando lágrimas imperceptíveis. Aí, lembrei de um certo alguém. No mesmo instante, abri um sorriso infinito.

Um comentário:

  1. esse ta mais lindo do que de costume, sorrisos infinitos SEMPRE S2

    TE AMO MINHA VIDA
    vivika aqui (pra variar)

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