quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

in my dreams.

Sozinha, no meu quarto, perdida em meus pensamentos; ele aparece, logo atrás de mim, sussura palavras bonitas ao pé do meu ouvido, e eu respiro o mais pausadamente possível, tentando acreditar que aquela imagem para a qual estou olhando não é coisa da minha cabeça. Tento tocá-lo, ele se afasta, nos seus olhos castanhos, a luz não reflete; ele continua sussurrando, cada vez mais baixo, e chega perto com cuidado; novamente, ergo minhas mãos para tocar seu cabelo, ele se afasta. Porque me perturba até em meus sonhos, meu amor? Já não lhe são suficientes as lágrimas que derramo por ti todas as noites? Ah, sei que não. Queres sempre mais, não é? Teu olhar me consome de tal forma, me destrói e me alimenta. Pára, deixa de me perturbar; sejas ao menos equanto durmo aquele com o qual eu sonhava acordada antes. Deixa eu alimentar as minhas ilusões, minhas perfeitas ilusões; deixa eu te tocar, mesmo que depois eu acorde neste meu quarto vazio e escuro, com meus olhos vermelhos e úmidos; agonizando e implorando pelo teu calor, e pelo teu olhar. Eu vou sempre querer mais deste teu olhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário