sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

veneno.

Ah, veneno que percorre as veias dos fracos e desiludidos; bebo-te e espero ansiosamente que percorras minhas veias, matando-me. Matando-me com sutileza, matando-me devagar, lenta e dolorosamente,cautelosamente. Devora-me aos poucos,líquido precioso. Faz-me delirar, delirar com loucura, com fervura, com louvour; afoga meu corpo em teu poder, possua-me.
Ah, veneno que percorre as minhas veias... tens tu uma particularidade que impressiona; mata aos poucos e friamente, causando enorme dor,desespero e aflição aos que te tragam, mas podes ser também cuidadoso e invisível, tão difícil de perceber como uma gota de chuva ao chão de um deserto. Me encanta o teu poder de persuasão diante de um simples ser tão fraco e doentio.
Ah,veneno que percorre as minhas veias... Leva-me deste mundo no qual não quero mais ficar, tira de mim o vazio, a angústia, compartilha comigo os teus efeitos, bebo-te, fecho lentamente meus olhos e durmo, deixo esta tua sede de mim ser cessada. Mata-me, eu não quero mais viver.

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