sexta-feira, 5 de junho de 2020

O início da história.

Nunca tive a menor vocação para ser blogueira. Mas sempre tive muita facilidade em usar as palavras. Tenho passado por muitas mudanças nos últimos anos, e todas elas acenderam em mim uma vontade imensa de falar. E não só de falar, mas também de ser ouvida. Eu preciso externalizar de alguma forma os milhares de pensamentos que ficam querendo sair a qualquer custo todo o tempo. Por esse motivo, cá estou.
Sempre tive a sensação de que, por mais que eu seja só mais uma pessoa no mundo, jogando esse monte de texto nesse espaço, alguém estaria lendo. E mais do que ler, nesse momento o que eu gostaria mesmo, mais que tudo... é que qualquer pessoa que chegue aqui não só leia, mas que também se identifique de alguma forma com os conteúdos propostos.
A temática desse blog em sua nova versão não poderia ser outra: minha relação com meu corpo e todo o processo de aceitação que venho trabalhando comigo mesma ao longo de alguns anos. Acho que todas as pessoas que me conhecem sabem o quanto esse é meu tema favorito desde que as coisas mudaram dentro de mim.
A grande questão é que a relação que tive com o meu corpo durante boa parte da minha vida sempre foi de ódio. O fato de estar cercada de outras pessoas com corpos totalmente diferentes do meu (e socialmente mais aceitos) desencadeou uma série de inseguranças que se arrastam até hoje. E por incrível que pareça, o que deu o start para que a psicologia reversa começasse foi a internet. Encontrei no YouTube, Instagram e outras redes sociais pessoas que se pareciam fisicamente comigo, falando sobre corpo, peso, padrão estético... Pela primeira vez, não existia nenhum discurso de emagrecimento, nem um discurso que me fizesse querer mudar algo em mim. Muito pelo contrário, os discursos dessas pessoas batiam na tecla do amor próprio.
A partir daí, comecei a consumir conteúdos que aos poucos, fizeram com que eu passasse a me enxergar com mais amor. E isso foi imprescindível para que eu mudasse todos os comportamentos auto depreciativos que tive comigo mesma ao longo da vida.

É difícil começar a falar do assunto amor próprio e não querer contar todas as experiências de uma só vez. Mas acredito que cada uma delas mereça ter um espaço especial. A cada nova publicação, espero trazer luz a outras pessoas que passaram ou ainda passam por experiências semelhantes às minhas, e espero que esse se torne um espaço confortável onde possamos conversar sobre isso.
Se ninguém chegar até aqui para ler isso, não tem problema, falar sobre isso, mesmo que sozinha, já é um grande alívio para mim mesma.
💜

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