domingo, 25 de abril de 2010

Chuva, frio, você.

As gotas começam a cair devagar. Frias. O céu que já estava acinzentado vai escurecendo. Aos poucos, tudo o que posso ver é água. Água,água,água. A chuva molha meus cabelos, minhas roupas... Meus olhos, que já estavam molhados, parecem as poças nas quais piso no chão. O dia está frio. A madrugada também foi fria.
Eu precisava de alguém pra me esquentar,mas não um alguém qualquer. Mas o calor do corpo que me agrada é tão frio quanto as gotas da chuva. As mãos são ásperas e as palavras ainda mais.
Chuva, frio, dormir, cobertores, filme, vinho. Um vinho barato, que seja. Um filme ruim, não me importo. Você. Ah, você... E os suspiros vão ficando cada vez mais profundos (e mais ridículos também).
As tempestades de água trazem consigo as minhas tempestades interiores. As lágrimas que derramo ao saber que o inverno vem chegando e ainda não te tenho aqui. Um casaco e uma manta não são o suficiente. Mas a frieza do teu olhar, essa sim. Essa me aquece de uma forma tão surreal que nem eu mesma consigo acreditar. Ah, estupidez.

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