sábado, 27 de março de 2010

My drugs.

Foi tudo o que restou. Alguns cigarros e uma garrafa quase vazia. Depois de tantas idas e vindas, terminei assim. O delírio é o que me acompanha, o resultado de tantas doses. Meus sorrisos só surgem depois de cinco ou seis copos. A fumaça entre meus dedos, vai entrando pelos meus pulmões. Eu posso senti-la. Sensação melhor não há. O alívio, o esquecimento. Tudo o que importa é aquele momento. As coisas girando. O que nunca esteve no lugar está agora mais bagunçado ainda. E eu gosto disso.
Bom é quando faz mal. Mas até que ponto faz mal? Tão mal a ponto de me deixar feliz? Tão ruim que me faz sorrir com tanta facilidade? O que faz mal é ouvir tanta hipocrisia e não poder se refugiar nestas minhas drogas particulares. Chamem-me de ridícula. Mas as únicas coisas que me fazem bem agora são as que me matam devagar, sorrateiramente e sem dor.

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